Angelatria - 1a. ed. 1987

São Paulo - Brasil - Mandala - Livreiros, Editores e Importadores - 2a. ed.

"Não queria que pensassem que porque estou falando de anjos, estes capítulos-aulas pudessem ter algo a ver com um sentido doutrinal, teológico ou teosófico. Simplesmente essa aparente codificação angélica não representa outra coisa nem tem outro intuito que o de dar um roteiro a nossos leitores-alunos, de como invocar os anjos e como “ouvir” sua voz, quando nos chamam, quando nos querem deter ante um perigo ou empurrar para o êxito.

Pretender entender os anjos e fazer que eles nos entendam é nosso intuito. Pois, embora pareça que os anjos entendem tudo - isso seria tanto como dar-lhes o conceito de inteligência. E já explicamos repetidas vezes que, inteligência e divindade são como duas linhas paralelas que nunca se juntam, igual à matéria e a antimatéria. Mas, que entre ambas há o caminho-do-meio, onde há a opção a um encontro entre elas. Ou, para ser mais claro, quando o anjo penetra nesse caminho-do-meio, o homem escuta sua voz.

Quando é o homem o que chega a esse caminho, os anjos escutam nossos rogos ou sabem de nossas necessidades. Mas, nunca, notem bem, nunca, os dois podem compartilhar em uníssono esse “terreno de ninguém”, pois isso seria um choque tão funesto como o da matéria e a antimatéria.”